O dia 19 de abril é considerado o dia do índio. Dia em que este é lembrado e homenageado. Tal fato pode ser considerado um avanço visto que o índio passou muitos anos sendo homogeneizado com os demais povos, não sendo reconhecido como cidadãos de direito, porém, não podemos deixar de ressaltar os inúmeros mitos e estereótipos que surgem acoplados a imagem do indígena e ao seu dia.
A escola é o primeiro espaço que define o índio, juntamente com inúmeras "rotulações". Neste espaço o índio pra ser legitimado tem que viver da caça e da pesca, viver em oca, usar cocar de penas e ter os dois tracinhos pintados nas bochechas. O que não ocorre na realidade.
Os indígenas como todo ser humano constituem um povo carregado de diversidades. Atualmente muitos se especializam, fazem cursos de graduação, trabalham normalmente, mas não deixam de ser indígenas.
Um brasileiro não deixa de ser brasileiro porque mora em outro país ou porque não gosta de samba e futebol. Esta mesma imagem que rotula o Brasil, que iguala todos os seus 26 estados em samba, futebol e praia é o mesmo que acontece com os povos indígenas.
Estas rotulações e estigmas dificulta que estes possam alcançar mais direitos e espaços dentro da sociedade, sendo respeitados tanto morando em aldeias como em cidades.
A sala de aula como um espaço político e pedagógico deve propiciar aos seus alunos a realidade, desconstruindo imagens pré moldadas e preconceitos. O professor deve estar preparado pra trabalhar a importância do indígena não só no dia 19 de Abril, fazendo desta forma com que seus alunos entendam que apesar das diferenças somos todos iguais.
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